13 de maio de 2008

Poesia - SURREALIDADE - de Dimitri Kozma

Como hoje teremos o lançamento do game SURREALIDADE completo para download por aqui, publico uma poesia que está escondida em livros perdidos dentro da aventura. Esta poesia não faz parte direta do game, e sim apenas amplia a imersão do jogador no universo do surrealismo. Ela foi escrita na forma de automatismo psíquico, o que dá um tom mais "inconsciente" e bizarro ao texto.

1.
?????
Surrealidade

AGORA!
A Verdade vai
AGONIZAR!

SÁBIAS
LÁBIAS

descubra...

2.
?????
aApenas 1 cCadáver (ou 2)
.
LOBOTOMIZADO
Procura a cura
No LOBO

LÓBULO decaDENTE
DENTRE dores
Fibra de sangue

Pariu um candelabro
Palpável e saboroso

Quisera ele abrir
a Quimera de louça
.
Simpático cascalho
Escorre no breu
Sombrinha furada

Caduca ao leo
Sobrando cascata

Bruma de céu
Sorrindo amarelo
Aparece navio

Quiropata ingênuo
Cutuca a ferida
Lambendo o castelo

Tronco perdido
falido de SI!
.
Abre e come
Corcunda distraído

Observa a montanha
Cair em gemido

Sorri enquanto abre
a garganta para cantar

Bebe o leite dos amantes
sorve a vida pelas mãos
.
BEBE
.
o suco
.
do cadáver!
.
E VIVE!
...
3.
Cobrindo de Cimento

Escremento escreveu a verdade
Encima da copa daquele baralho
sabugo ensaboado
cocerto de pelos de cachorro vira-latas

Espuma e corrige a tangência
Torradeira quebrada
Esbugalha o alho
Semente brotou.

Cordeiro
Sombra do paraíso
.
Pele manchada de lilás
Cadeira sem pernas
Amputação genérica
Sôfrega emoção

Quem sabe a saudade
sobrevoou a cidade
Santos de madeira e papel
Continua a marchar na lama

Bucho quente e fétido
subindo a ledeira
caiu e se esparramou pelo chão
Boneca de couro
.
Cabeça de palha
Ombro deslocou sem falha
caramelos e chocolates
Brincando no campo de morte

Súbida derrocada
Redenção da palmada
precisosa bulimia
sinos poluem o ar

Válvula de escarro
pobre Salvador
.
Esperança morreu
agonizando na bandeira da Sé
Hipnose específica desta corda linear
Especial recado
Pessoal e intransferível

Barro no joelho
nave e novidade
nú no mato de flores
aborrecido pela brincadeira banal

parado na parede
pula pelo galho
pode ficar fácil entender
sobre quem sabe ler
.
Bicos choram na madrugada
cachaça é tônica
Nada é parecido com o que tinha agora
Sabatinado pela dor
ficou esperando a flor

sábado e domingo
sobre a gracha úmida
espeatifada na pista
gravação de tesouro
reluzente martelo de prata

Humor deslocado
saiu pelo carvalho
prego bateu na porta
acende a batata

fogo é violência
dor, sentido e dormência
gruta cheia de sentido

grava foco do gemido
Espaço de graça
pulava e chamava
.
Hoje espera a beldade
cobrir de pus a pelúcia e gravar em ouro a verruga
Vilipendia o exame da morte e publica a sina de alto som

Cabeça pálida e rosa escorrega pela jamanta gratinada
começa a parar de fala e aceita a bola como receita de bolo

Tudo esta azul e redondo como uma uva caindo da árvore
Como uma solda abrindo caminho pela melancia estremecida e batizada de filha
tudo ficou a espera de um ovo quebrado chocando a deliciosa manteiga da geladeira espalhada no

chão,
.
Subindo na cama e pulando de botina prateada
reluzia o prato de salada
Tomate amarelo cortado em fatia de 2 segundos
A graça esta na praça de alimentação
O sanduba caiu e pisaram na sua candidatura

Porra por cada casto canto
Aguarda a nova vitória pela bola
abre a esfera e comprime o umbigo
tráz consigo a flauta do artista

segue a pista pela pluma de ganso
e escorre pela pátria elegante

COR
VERMELHA!

Dimitri Kozma
04/10/2002

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