Advertência: História forte, gráfica e perturbadora, leia por sua conta em risco.
Leia a parte 1, aqui.
Parte 2
Alguns dias depois, dona Maria está varrendo a varanda cheias de folhas secas, o vento espalhou tudo e os cachorros fizeram uma anarquia. Está amontoando as folhas junto ao muro quando surge no portão o velho senhor Francesco, chapéu de palha, grandes olhos arregalados profundos, nariz que não negava sua origem italiana, sua pele era bem queimada pelo sol, andava arqueado e mancava de uma perna. Seu Chico, como era mais conhecido, olha para dona Maria e diz, com um forte sotaque, uma mistura de italiano com caipira:
- ´Tarde, dona Maria...
Ela para de varrer, encosta a velha vassoura de piaçava já gasta na parede e se dirige em direção ao portão:
- Boa tarde, seu Chico, como vai?
Apoiando-se no muro, seu Chico acende um cigarrinho de palha e dá uma tragada, enquanto diz:
- Eu vou bem, dona Maria... Só a aposentadoria é que tá complicada... O dinheiro não tá dando.
Faz uma menção de que o cigarro a estava agredindo, espantando a fumaça que teimava em vir em direção a seu rosto. Conselheira, como sempre, a velha senhora fala:
- Tá ruim prá todo mundo, seu Chico, o prefeito prometeu que ia ajudar os aposentados... Mas até agora nada...
Um pouco constrangido pela reação de dona Maria, seu Chico coloca a mão que segurava o cigarro nas costas e diz:
- É... Aquele lazarento... - Dá uma forte tragada, voltando a colocar o cigarro para traz e relata: - Dona Maria... Vim aqui prá te contar... a fia da ´Ceição faleceu...
Dona Maria faz uma feição de enorme tristeza:
- Oh! Coitada... Pobre menina... Tão jovem... Eu até fui visitar ela algumas vezes... Não consigo nem imaginar... Mas me diga, como foi, seu Chico?
Espantando a fumaça espessa para o outro lado, seu Chico conta os detalhes com uma profunda tristeza e morosidade:
- Como sofreu! Os óio da menina reviraram e ela vomitava sangue... Foi triste demais...
Dona Maria pede:
- Por favor, seu Chico, me conta mais...
- Bão... Eu acho que tudo que tava dentro dela explodiu... A coitada deve di ter sentido tudinho... Uma morte dessa eu não queria nem prá um cachorro vira-lata... A ´Ceição tá num desespero só...
Com as mãos unidas na altura do abdómen, dona Maria concorda:
- Imagino... Coitada...
- Ela pediu prá senhora ir lá no velório, prá modi ajudar a preparar o corpo...
Imediatamente ela concorda:
- Mas é claro que eu ajudarei... Como sempre fiz, seu Chico, avisa prá dona Conceição que eu estarei lá em uma hora...
Ele se vira, faz uma reverência com o chapéu e se despede:
- Tá certo, vou avisar a ´Ceição... ´Tarde, dona Maria.
- Boa tarde...
Ela permanece por alguns segundos ali no portão, a medida em que vê seu Chico se afastar com aqueles passos lentos, um frenesi incontrolável toma o coração de dona Maria, uma sombria alegria ilumina seu lúgubre semblante, como se estivesse acabado de receber um inestimável presente.
Não consegue segurar o tétrico sorriso, seu olhar se torna crepitante, o tempo parece não mais importar, afinal, hoje terá um dia de infindável regozijo.
Sem delonga, ela entra em sua casa, veste sua melhor roupa negra, um vestido que só usava em ocasiões especiais e encobre os cabelos esbranquiçados com um lenço de cetim. No espelho da penteadeira do quarto, dona Maria fita-se e divaga, se esquece do passado e, saboreando o momento de gozo intenso, deleita-se, um momento sempre aguardado.
Olha-se naquele espelho e por um instante não se reconhece lá, vê cada ruga de seu rosto carcomido e imagina: “Quem é essa velha?”, não se considerava com aquela aparência, sua excitação era tanta que dona Maria se sentia como uma garotinha ingênua esperando a visita de Papai Noel na véspera de natal. Olhava-se no espelho e imaginava quem seria aquela velha apodrecida, mas lembrou-se então de Ivete. Por um instante tocou os seios, murchos e caídos, e imaginou como era feliz em os ter, lembrou-se da pobre moça deitada naquela cama, o tórax inchado, sem os seios. A medida em que lembrava, mais e mais dona Maria ficava empolgada com aquela situação, agora iria ao velório ajudar a arrumar o cadáver, iria mais uma vez ver aquele corpo mutilado, novamente sentiria o prazer indescritível que tinha ao tocar aquela pele gelada.
Passa um pouco de pó de arroz, dando um tom mais ameno em sua face enrugada, pega o melhor perfume, aquele que guardara a mais de dez anos e que usava apenas em ocasiões especiais, esguichando um pouco atrás da orelha. Pega a bolsa e enfia nela alguns produtos que vai precisar usar, mais uma vez olha-se refletida no espelho, olha-se não se vê, apenas tem em mente a imagem de Ivete, uma idéia fixa.
Pela rua, dona Maria passa sem ver nada a seu lado, anda com passos rápidos, não consegue ver a hora de chegar. Finalmente avista o velho velório, único na cidade, velório este que já guardou o corpo do ex-prefeito, que morrera de enfarte anos antes, velório que já abrigou o vigário Dom Fernando, que foi beatificado e um dia poderá se tornar santo, tantas pessoas já foram veladas naquela mesa de mármore, quantas coroas de flores já passaram por lá? É impossível precisar, mas dona Maria se sente bem ao lembrar disso, percebe como o velório da cidade tem uma importância fundamental.
Aquelas portas de pesada madeira maciça estão abertas mais uma vez. Subindo um lance de quatro degraus, dona Maria avista os quatro círios, flamejando ao sabor da leve brisa que paira no ar, ladeando a mesa de mármore que recebe mais um esquife. Quando adentra-se na sala, percebe a atmosfera que tanto aprecia, aquele cheiro tão característico que apenas os frequentadores assíduos podem perceber.
Nas paredes estão pregados cartazes com mensagens católicas. Dona Maria lembra-se quando sugeriu ao padre que as colasse ali, ele não estava muito predisposto, mas depois da velha senhora persuadir metade da cidade, o padre não teve outra escolha a não ser permitir. Dona Maria escolheu pessoalmente estas mensagens, pegando trechos do Novo Testamento, uma das que ela mais admirava estava bem ao lado do caixão: “Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus.”. Mas sua mensagem preferida ela deixou para colocar na cabeceira da mesa de mármore: “Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir primeiro dos que estão em minha casa.”.
Dona Maria achava que as mensagens que pregara na parede eram adequadas para estes momentos de dor que aconteciam naquele triste lugar. Mas para ela, aquele lugar representava o seu maior prazer na vida.
Mal entra na sala de porte médio e já avista Conceição em prantos ajoelhada ao pé do caixão, só ela está lá, as portas ainda estão fechadas para que os parentes e conhecidos possam dar os pêsames, dona Maria também observa o caixão, colocado de qualquer jeito na mesa, provavelmente por um desleixado funcionário do hospital. “Vagabundos, não tem respeito pelos mortos.” Pensa dona Maria, enquanto ajeita o esquife de modo que fique alinhado perfeitamente com a mesa. Conceição não percebe, está tão entretida em suas preces que não nota a presença de dona Maria, que a chama delicadamente, num tom baixo:
- Dona Conceição...
A sofrida mulher , já sem forças por todos estes meses em que sua amada filha padeceu em um leito, não consegue ao menos responder, ela apenas choraminga, alheia ao que se passa à sua volta. Dona Maria insiste mais uma vez, tocando em seu ombro:
- Dona Conceição...
Ela leva um pequeno susto e vira-se sobressaltada, arregalando os olhos, dona Maria tira a mão rápido e pede desculpas:
- Sinto muito, não queria te assustar, dona Conceição...
Ela não consegue dizer nada além de:
- Minha filhinha, minha filhinha...
Dona Maria faz uma cara de profundo pesar quando passa a mão delicadamente pelo rosto de Conceição e fala:
- Meus sinceros pêsames, dona Conceição... Agora Ivete está nos braços do senhor.
Erguendo a vista, as lágrimas são uma constante em seu rosto, seu nariz não consegue parar de escorrer incessantemente, Conceição levanta-se lentamente enquanto diz:
- Ela... Sofreu tanto... Minha filhinha...
Dá então um abraço apertado em dona Maria, que a segura forte, as lágrimas escorrem em cascata, aos berros de:
- Ivete era... tudo prá mim... Tudo!
Dona Maria aperta cada vez mais o corpo de Conceição e pede:
- Chore mais, dona Conceição, chore... É bom desabafar.
Naquele abraço apertado, dona Maria pôde sentir a alma despedaçada, pode degustar a profunda tristeza presente naquele corpo abatido de Conceição. Um maravilhoso deleite íntimo para dona Maria. Quanto mais ela a abraça, mais fica extasiada, mais seus sentimentos se inebriam e tornam-se tênues. Como se estivesse se alimentando da alma de Conceição, como se estivesse drenando toda e qualquer energia vital que, por ventura, ela ainda tivesse. Acaricia suas costas, sente os ossos envelhecidos, arqueados, a coluna está repleta de gomos enormes, que vão aumentando a medida em que ela chora.
Após alguns minutos naquele prazer infindável, dona Maria parte para o prato principal: Ivete. Passa por dona Conceição, que se ajoelha novamente, continuando a rezar e observa a morta, os olhos parecem revirados, estão abertos, contorcidos, a boca também está entreaberta, deixando transparecer os poucos dentes que ainda tinha e, mesmo assim, amarelados e apodrecidos. Algumas gotas de sangue escuro pingam do nariz, indo parar nos ouvidos. O cabelo está mais ralo do que antes, emaranhados naquele pobre caixão econômico, que tinha até algumas pontas de pregos espetando a pele de Ivete.
O corpo era coberto por uma mortalha branca, embrulhado. A primeira coisa que chamou atenção de dona Maria foram os olhos, não poderia ficar abertos, ficaria feio, o que as pessoas que vão vir ao velório diriam? Jamais poderia deixar, deveria fechar os olhos para que parecesse estar dormindo. Com o dedo indicador e o polegar, ela força a pálpebra para que se feche, mas está difícil, os rigores pós-morte estão começando a agir, com uma força maior, pressionando um pouco mais o globo ocular, dona Maria finalmente consegue fechar os olhos da defunta.
Com um paninho umidecido em álcool que ela trouxera de casa, dona Maria esfrega o rosto, limpando os respingos de sangue coagulados e a baba que pairava nos lábios de Ivete. Depois disso, ela tenta fechar a boca que está entre aberta, mas está muito dura, parece que não terá como fazer, pelo menos sozinha, então ela pega um chumaço de algodão de sua bolsa e lentamente começa a introduzir na boca de Ivete, de maneira que encha suas bochechas chupadas, não melhorou muito, mas pelo menos disfarçou os dentes cariados.
Pega mais dois chumacinhos pequenos de algodão e introduz, com a mão mesmo, no nariz de Ivete, de maneira que evite qualquer constrangimento de uma hemorragia em virtude da explosão de seus órgãos. “Até que não seria uma má idéia.” Pensa dona Maria ao imaginar durante o velório o espetáculo grotesco que aconteceria quando todos veriam o cadáver expelir uma cascata de sangue pútrido. Mas logo muda de opinião, não seria muito bom para a imagem dela, ficaria com a fama de que não consegue preparar um defunto direito, não a chamariam mais para cuidar dos detalhes do velório. Coloca os algodões, caprichando na quantidade. Depois coloca mais dois chumaços no ouvido.
Abre a bolsa e tira um pó de arroz especial, que ela separou apenas para maquiar os cadáveres, era um tom mais forte, perfeito para peles branquíssimas, Umidece um pouco o pincelzinho com álcool e mistura com o pó, passando depois pelo rosto de Ivete com se estivesse pintando uma parede.
- Ivete vai ficar linda. A mais bonita! – diz eufória para Conceição, que continua a rezar sem abrir os olhos.
Arranca a mortalha e verifica que o defunto está nu. Observa as cicatrizes de suas mamas, observa aquele inchaço decorrente da doença, sente uma exultação enorme ao presenciar aquilo, observa cada veia esverdeada tentando pular para fora da pele delicada. Olha o sexo, murcho, quase tão murcho como o dela, e sente satisfação ao sentir aquele cheiro de carne apodrecida que invadia sua narina.
Depois de olhar o suficiente para aquele corpo, pede então para dona Conceição:
- A senhora trouxe uma roupa prá vestir Ivete?
Ela não escuta, e dona Maria repete a pergunta, finalmente ela atende:
- A sim, sim... Está aqui.
Estende um vestido branco dobrado, empoeirado, lindíssimo, de seda, todo rendado, trabalhado a mão, dona Maria o pega e o desdobra com cuidado, chacoalhando levemente para espantar o pó. Conceição começa a chorar desvairadamente enquanto diz:
- Era... da festa de formatura da Ivete... Ela ficou tão bonita nele... A mais bonita... Parecia uma princesa...
- Ela vai ficar linda, dona Conceição, vai ser o velório mais bonito dessa cidade...
Conceição ajoelha-se novamente enquanto com muito esforço dona Maria vestia sozinha aquele cadáver, que já estava enrijecido, percebeu que teria que fazer uma rasgo atrás do vestido para colocá-lo em Ivete, depois de muito empenho consegue arrumar de uma maneira que pareça natural, mas nota que as mamas ficaram estranhas, o vestido tinha um enorme decote, dava para ver claramente o tórax inchado e a inexistência dos seios, tentando disfarçar aquilo, dona Maria recortou um pedaço de trás da saia rendada e colocou ali no decote.
Para finalizar, apenas cruzou os dedos de Ivete, que já estavam quase quebradiços de tão rígidos e estava pronto, tinha feito um belíssimo trabalho. Antes de mostrar para Conceição o resultado final, ela ainda fica ali, apreciando deliciosamente aquele pedaço de carne morta. Sem resistir, dona Maria toca com as duas mãos o rosto de Ivete e ao tocar aquela gélida cútis, um delicioso orgasmo toma todo seu corpo.
Dona Maria perde completamente a noção de tempo e espaço acariciando o rosto cadavérico e ressecado, inerte em seu leito fúnebre, saboreando um deleite inenarrável e inesquecível, pelo menos até a próxima morte na cidade, onde tudo vai se repetir.
Mais ou menos meia hora depois de abertas as portas do velório para os familiares e amigos, o salão já começa a parecer pequeno, ouvia-se um burburinho infindável, dezenas de pessoas se acotovelam para poder abraçar a pobre Conceição, que trajava um vestido preto e tinha um véu escondendo seu rosto inchado de tanto chorar. Dona Maria permanecia ali observando tudo, estava recostada na parede do fundo, ao lado da porta principal, segurando um terço nas mãos, seu olhar era condescendente. De vez em quando se aproximava do caixão, dava uma longa olhada e voltava para seu canto.
Ivete era muito querida na cidade, praticamente todos a conheciam. Os mais velhos ainda se lembravam de quando a pequena Ivete corria pelas ruas brincando junto com as outras crianças, enquanto os mais novos se lembravam da boa amiga que ela sempre foi.
Passa pela porta a Zuleica, solteirona convicta, andava sempre carregando uma bíblia debaixo do braço. Era corpulenta, enormes seios, quadris desproporcionais ao seu tamanho, usava sempre um coque nos longos cabelos negros, tinha um espesso buço que lhe dava uma aparência assustadora. No momento em que ela está entrando, observa dona Maria e, com um ar agitado, vai conversar com ela:
- Dona Maria, como vai a senhora?
Ela apenas faz um gesto de cabeça, Zuleica continua:
- Pois é... Esses momentos são uma tristeza, né? Eu imagino como a Conceição deve estar se sentindo...
Dona Maria continua a ouvir, mantendo seu olhar benevolente, diz:
- É, Zuleica, a filha dela era um doce... Eu inclusive fui visitá-la no hospital. A menina era só pele e osso... Sofreu tanto a coitada...
Cruzando os braços e virando o rosto em direção ao caixão, Zuleica comenta:
- Era tão boa essa menina, né? Mas Deus escreve certo por linhas tortas... A hora dela tinha chegado... Eu só fico triste por causa da Conceição... Não existe nada pior para uma mãe do que enterrar um filho.
Dona Maria concorda com a cabeça, lembrando-se do seu amado Júnior, imediatamente lhe vem a imagem do velório dele, lembra-se de Júnior estirado naquele caixão e os quatro círios luzindo ardentemente a sua volta.
Zuleica não percebe que dona Maria está em um mundo só dela e continua a falar, sem ser ouvida:
- Pois bem... Olha quanta gente falsa tá aqui, né? Olha só, o Reginaldo, ele sempre brigou com a Ivete e agora tá aqui, dando os pêsames para a mãe dela. Olha lá a Filó, nunca foi na missa e agora fica ali sentada, rezando... Por isso que eu digo, dona Maria, isso é falta de Deus no coração...
Finalmente Zuleica percebe uma brecha na interminável fila de pessoas que davam as condolências para Conceição e diz:
- Com licença, dona Maria. Deixa eu aproveitar que a fila tá curta, vou até ali dar os pêsames para a Conceição...
Dona Maria continua entretida em suas divagações, imagens não param de pulular em sua mente fértil. Mais uma vez dá uma olhada em direção ao esquife, involuntariamente pensa: “Como seria bom se alguém esbarrasse ali no caixão, derrubando Ivete...”, começa a divagar em suas idéias e imagina o corpo de Ivete ser pisoteado pela multidão, começa a imaginar o desespero que Conceição sentiria ao ver os orgãos de sua filha serem esmagados, o sangue esguichando sem parar.
Mas seus devaneios são interrompidos por uma mão em seu ombro, era Cida, ao seu lado o marido Germano, queixo proeminente, chapéu puído nas beiradas e um olhar sofredor, aparentava estar um pouco embriagado.
- Dona Maria! – Diz Cida, pesarosa.
- Oi comadre. – Sem muita algazarra, ela responde a amiga.
- Viu que tristeza?
Sem ao menos se mecher, Maria responde:
- Deus sabe o que faz, comadre...
Neste momento percebe que as pernas do marido se bambearam, segura-o pelo braço com uma mão apenas e continua a conversar:
- Com certeza... Mas ela ficou bonita, heim!
Com um brilho sutil nos olhos, dona Maria pergunta:
- Gostou?
- Claro, ficou linda, a senhora fez um trabalho maravilhoso, ainda mais se levar em conta o estado que ela estava, né?
Maria vira o olhar para o esquife:
- É... Ela estava horrível, a pele ressecada, quase podre... e parecia que sofria muito...
- Mas agora parece até que morreu como um passarinho... Tá bem delicadinha a menina... Linda!
Satisfeita, dona Maria agradece:
- Obrigado, dona Cida, eu falei prá Conceição que a Ivete ia ficar linda...
Um soluço faz com que Germano seja notado:
- E o senhor, seu Germano, o que achou? – Pergunta dona Maria, tentando ser gentil.
Ele vira-se com os olhos marejados pelo álcool e diz sem pensar:
- Eu achei horrível...
Cida dá um cutucão em seu braço, mas ele continua:
- Não adianta me cutucar, Cida, eu achei nojento, não sei porque você sempre insiste em me trazer nesses lugares. – Diz Germano, enrolando a língua.
Cida se irrita, mas repreende em tom baixo:
- Germano! Vamos já prá casa! – Vira-se para dona Maria: - Com licença, dona Maria, vou levar o Germano prá casa, colocar ele na cama e depois volto, tá?
Vai saindo enquanto dona Maria apenas faz um aceno com a cabeça.
CONTINUA...
10 de dezembro de 2009
NO LIMIAR DA ANTROPOFAGIA - Parte 2 - Conto - Dimitri Kozma
Humor Clínico - Piadas de Médico
Seleção de piadas com médicos e pacientes.
- Doutor, tenho tendências suicidas. O que faço?
- Em primeiro lugar, pague a consulta.
_________________________________
- Doutor, sou a esposa do Zé, que sofreu um acidente; como ele está?
- Bem, da cintura para baixo ele não teve nemum arranhão.
- Puxa, que alegria. E da cintura para cima?
- Não sei, ainda não trouxeram essa parte.
_________________________________
Após a cirurgia:
- Doutor, entendo que vocês médicos se vistam de branco. Mas por que essa luz tão forte?
- Meu filho, eu sou São Pedro.
_________________________________
No psiquiatra:
- Doutor, tenho complexo de feia.
- Que complexo que nada.
_________________________________
- Doutor, o que eu tenho?
- Ainda não sei, mas vamos descobrir na necropsia.
_________________________________
- Meu médico é um incompetente. Tratou do fígado de minha esposa por vinte anos e ela morreu do coração.
- O meu é muito melhor. Se trata você do fígado, você morre do fígado.
_________________________________
- Doutor, vim aqui para que o senhor me tire os dentes.
- Mas minha senhora, não sou dentista, sou gastroenterologista.... e vejo que a senhora não tem nenhum dente na boca.
- É claro, engoli todos.
_________________________________
Um psicanalista no consultório de outro
- Doutor, venho ao colega para me aconselhar em um caso impossível.
- De que se trata, colega?
- Estou atendendo um argentino com complexo de inferioridade!
_________________________________
O psiquiatra incentiva o paciente:
- Pode me contar desde o princípio...
- Pois bem, doutor! No princípio eu criei o céu e a terra...
_________________________________
O psiquiatra para o pa ciente:
- Meu amigo, eu tenho uma boa e uma má notícia para você. A má é que você tem fortes tendências homossexuais.
- Meu Deus, doutor! E qual e a boa notícia?
- A boa notícia é que acho você um gato
_________________________________
- Sabe como diferenciar o psiquiatra do seu paciente?
- O psiquiatra é aquele que tem a chave do consultório.
_________________________________
O paciente chega ao Psiquiatra tímido, cabisbaixo:
- Doutor, eu tenho dupla personalidade.
- Esquenta não, meu filho. Senta aí e vamos conversar nós quatro...
_________________________________
Paciente chega ao médico e se queixa:
- Doutor, estou com dor aqui do lado direito da barriga e meus olhos ficaram amarelados! e:
- Muito bem, e o sr. bebe?
- Obrigado, eu aceito uma dosezinha!
_________________________________
édico:
- Doutor, estou com uma terrível amnésia.
- Desde quando?
- Desde quando, o quê, doutor?
_________________________________
Psiquiatra para o paciente bebum:
- O senhor vai parar de beber cerveja, durante um ano só vai beber leite.
- Outra vez, doutor?
- O que, o senhor já fez esse tratamento?
- Já, durante os primeiros meses da minha vida...
Fonte: via e-mail
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Brigas de Mulheres - Vídeos
Para quem gosta de uma baixaria, com as lentes do grande irmão espalhadas por cada canto do mundo, qualquer coisa que se fizer na rua corre-se o risco de entrar para a internet, então cuidado!
Vamos ver agora uma coleção de vídeos de brigas e barracos de mulheres filmados por amadores pelas ruas. Briga de mulher é sempre mais divertido... Já que não tem mais aquelas grotescas brigas no programa do Ratinho, vamos dar uma olhada pelas ruas. Tem muita coisa bizarra!
Briga de mulher no bairro José Walter
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Mulheres peladas so de calcinha flagradas aos tapas no meio da rua
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